Graça e paz. Quero apresentar a você três dicas essenciais e básicas de Marketing que você pode estar aplicando de acordo com a realidade da sua igreja.
Elas não são receitas prontas que vão resolver seus problemas em cinco minutos, mas podem te ajudar a dar o primeiro passo em busca da solução.
E, antes que alguma resistência possa ser gerada em seu coração, o Marketing quando é aplicado corretamente não substitui o poder do Espírito Santo, pelo contrário ele prepara o ambiente para que ele possa ter mais liberdade.
É preciso ter a consciência de que estamos falando de igrejas e não de empresas. Então, que você nunca esqueça da essência da palavra.
1 – Descubra o perfil do seu público.
Pode parecer óbvio, mas não é tanto assim. Vivemos em uma sociedade que está em completa mudança. Cada região tem sua peculiaridade.
Um problema que surge em nosso meio é querer se espelhar em igrejas grandes que não possuem a mesma realidade. Muitas vezes, uma igreja se espelha em uma igreja maior por ser mais divertida ou moderna. Muda o nome e acrescenta o famoso church — igreja em inglês.
Quero desde já dizer que não tenho nenhum problema com a nomenclatura church, na verdade eu sou um dos defensores do uso do termo aqui no Brasil quando bem contextualizado.
Imagina uma comunidade cristã, localizada em uma região em que os moradores não possuem uma educação de qualidade. Eles, com toda certeza, vão ter mais dificuldade em associar church à igreja.
O mesmo acontece com outros nomes, até mesmo em português. O que acaba fazendo com que as siglas sejam bastante utilizadas no meio cristão. O que não ajuda muito no fortalecimento da marca da instituição.
Algumas questões que você pode usar para te ajudar a identificar o seu público alvo:
- Como são as pessoas da minha região?
- O que gostam de fazer?
- Quais problemas sociais que a minha localidade enfrenta?
- O que carece em meu bairro?
- Hábitos e costumes?
- Minha metodologia condiz com minha localidade?
2 – Ouvir é mais importante que falar.
Em uma conversa sobre sociedade e tolerância, eu disse que o grande problema de hoje é que temos tantas plataformas que ampliam nossa capacidade de expor nossa opinião que paramos de ouvir.
Todos querem falar, opinar, comentar, curtir Etc. E esquecem de escutar. O fenômeno que provocou isso foi o advento da web 2.0 que trouxe a interação, redes e mídias sociais, democratizando o poder de fala que era somente das empresas..
Atualmente, a tecnologia funciona como uma extensão do nosso corpo. E a internet como uma ampliação dos nossos sentidos.
Se antes, a gente ouvia somente os nossos vizinhos. Hoje, nós podemos ouvir alguém que está do outro lado do mundo.
A igreja precisa usar essa ferramenta das redes sociais, não somente para falar, mas para ouvir a necessidade que está nas entrelinhas de cada texto, post, curtida e comentário que seu público alvo faz.
Afinal, Jesus ouvia a necessidade das pessoas. Aguardava elas falarem para depois realizar o milagre.
3 – Qual é sua causa?
Depois de ouvir e conhecer as pessoas que a sua instituição irá se relacionar. Você precisa alinhar o seu chamado com a necessidade da região, descobrindo o seu propósito.
É importante comunicar a todos os envolvidos com a marca o propósito da organização e deixá-los por dentro da visão, missão, valores e metas para que eles possam estar engajados a trabalhar.
Quanto mais engajados eles estiverem, menos esforço será aplicado para manter a pessoa na instituição.
Espero que vocês tenham gostado e que eu possa ter ajudado de alguma forma você a entender um pouco mais de como aplicar o marketing a igrejas sem ferir os princípios bíblicos.
Se você gostou e conhece algum pastor ou líder que você acha relevante compartilhar, não hesite em fazer. É um prazer poder compartilhar um pouco dos nossos conhecimentos com vocês.
Abraços.